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Janeiro 16, 2017

Onde estão as chaves do sucesso? – Colaboração com Diário de Um Leão

Num jogo complicado, o Sporting voltou a dar um tiro no pé, ficando emocionalmente muito longe da conquista do campeonato. Este jogo traduziu tudo em que o Sporting tem falhado nesta temporada: problemas defensivos, má estruturação da equipa e pouca dinâmica.

PONTO 1: PROBLEMAS DEFENSIVOS:

Nesta época já sofremos muitos golos, tendo em conta o mês em que estamos do campeonato: 3 do Rio Ave, 3 do Guimarães, 2 do Estoril, 2 do Benfica e 2 do Chaves são alguns exemplos dos problemas gritantes que temos tido a defender, e há duas grandes causas para tal problema: Rúben Semedo e os laterais.

Rúben Semedo não é de todo o mesmo central do final da época passada e tem comprometido bastante, levando já duas expulsões nesta temporada. Para mim, Paulo Oliveira seria titular de caras nesta equipa, apesar da minha escolha principal recair no central vendido no início da época: Naldo.

Sobre os laterais, é muito simples: não são bons o suficiente: Na direita, Esgaio e Schelotto são muito esforçados, mas para titular de uma equipa candidata ao título não é suficiente. Do lado esquerdo, Jefferson raramente joga e não é opção e parece que Marvin Zeegelaar caminha para essa situação, visto que de repente perdeu a titularidade. Marvin esforça-se mas também compromete a defender.

O facto de vender João Pereira, o titular da direita sem ter uma alternativa de qualidade alinhada e pronta a assinar retirou qualidade e profundidade a um setor já frágil, o que foi mal jogado.

PONTO 2: Má estruturação da equipa:

O onze escolhido para o jogo em Chaves teve alguns erros, começando pela dupla de centrais: Rúben Semedo acabara de retornar de lesão e colocá-lo logo de início num jogo exigente e intenso foi imprudente, pois Paulo Oliveira é mais regular e sempre que é chamado, cumpre perfeitamente.

A adaptação de Bruno César à esquerda contra uma equipa que tem um ataque muito habilidoso também foi um erro, pois apesar de Marvin comprometer a defender, tem mais pulmão, velocidade e força para aguentar as características do ataque flaviense.

A inclusão de Alan Ruíz no onze também não resultou, porque apesar do argentino merecer após uma grande exibição na receção ao Feirense, podia render mais no jogo para a Taça de Portugal, tal como Rúben Semedo. Para estancar o meio campo e defender melhor, talvez Bruno César fosse a solução mais apropriada.

PONTO 3: POUCA DINÂMICA:

Sou fã de posse de bola e de controlar o jogo, mas a primeira parte do Sporting em Chaves foi, no mínimo, secante. A jogada começava em Rui Patrício, seguia para um dos centrais e a partir daí era um suplício para chegar à frente, não só através de sucessivos passes lateralizados sem sentido, perdas de bola, e também por muita falta de criatividade.

William e Adrien ocasionalmente fugiam à regra, mas a equipa tornou-se previsível a atacar e com Gelson a ser referenciado pelos adversários e apertado durante noventa minutos pelos defesas, ainda pior. Não devemos alimentar falsas esperanças: o campeonato é uma miragem.

E não vamos chamar os emprestados de volta para colocarmos sobre eles a responsabilidade de resolver o que os ‘mais velhos’ não conseguem. Depois a culpa recai nos miúdos e assim se queimam jogadores. Sobre Jorge Jesus, continua a ser o meu treinador até Bruno de Carvalho o quiser, pois é sem dúvida um treinador de topo, não pode é ter tanto poder.

Já não há desculpas: ou é para eliminar o Chaves para a Taça, ou é para eliminar o Chaves para a Taça.

Texto da autoria de Diário de Um Leão em colaboração com Sporting Com Filtro. Se ainda não seguem o Diário de um Leão no Facebook, é uma boa altura para começar a fazê-lo.

Este texto Onde estão as chaves do sucesso? – Colaboração com Diário de Um Leão foi publicado originalmente aqui Sporting Com Filtro.

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