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Abril 1, 2017

Vasco Lourenço, Capitão de Abril, defende Bruno de Carvalho e a Liberdade como a defendeu em 1974

Existe muita gente que fala em liberdade nos dias que correm. Muitos deles apenas quando lhes interessa, e sem arriscarem minimamente nada pela liberdade de todos.

Vasco Lourenço não é um desses homens. Em Abril de 1974 pegou em armas, uniu os seus homens, e com outros Capitães, e grandes Homens, correu todos os riscos para dar a liberdade a todos os Portugueses.

Hoje é assim que vê o caso da afronta à liberdade do Presidente do Sporting, Bruno de Carvalho:

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

E, de repente, em Portugal volta a mordaça, volta a censura, volta a falta de Liberdade. Direi melhor, há quem tente que tudo isso volte!

Falo das atitudes do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, que aplica penas de suspensão a um presidente de clube desportivo – neste caso, a Bruno de Carvalho do Sporting Clube de Portugal – e lhe pretende exigir que não pode dar entrevistas, não pode falar publicamente, pois eles lhe colocaram uma mordaça! Será que os membros do Conselho de Disciplina sabem em que País vivem?

Será que eles (ou elas) já nasceram depois do 25 de Abril e ninguém lhes explicou que em Portugal houve, há 43 anos, um Movimento que derrubou o fascismo e o colonialismo e abriu as portas à Liberdade? E que dessa Liberdade, é bom acentuá-lo, pois há quem não perceba, faz parte a capacidade de todos e de cada um expressarem a sua opinião, de forma livre e aberta, desde que não coloquem em causa a Liberdade dos outros? Parece que não, que há quem não saiba isso ou, pelo menos, o queira ignorar.

O mundo do futebol – que se vem mostrando cada vez mais corrupto, o que só mostra que se vai adaptando ao normal funcionamento da sociedade – sempre achou que é um mundo à parte! Que tem leis especiais, que não tem de se subordinar à lei geral dos povos e dos países. Esta situação tem sido tolerada, só que, de vez em quando, exageram e dão lugar a fenómenos ‘revolucionários’, como foi o caso Bosman. Poderemos estar perante a iminência de uma nova situação semelhante.

Isto porque há uma enorme diferença entre punir um dirigente – bem ou mal, essa é outra questão que não vou aqui discutir, ainda que tudo aponte para que o castigo aplicado se trate igualmente de uma violação ao direito de expressão – nas suas funções diretivas (atos diretamente relacionados com a função, como representação oficial, nos jogos ou noutras situações concretas) e outra é impedi-lo de exercer a sua Liberdade, enquanto cidadão livre de um País Livre. E Portugal, embora possa haver quem não goste de ver a Liberdade nos outros e gostasse de a ter só para si, continua a ser um Pais Livre!

Com a esperança de que os responsáveis pela FPF arrepiem caminho e cumpram com o estabelecido na Constituição da República, daqui envio um forte abraço ao Bruno de Carvalho, presidente do clube a que pertenço, e o exorto a não desistir! Força!

in Record

Não retiro uma virgula ao que Vasco Lourenço disse. E quem aponta outros caminhos de certeza que não é uma pessoa que viva bem com a liberdade dos outros…

Este texto Vasco Lourenço, Capitão de Abril, defende Bruno de Carvalho e a Liberdade como a defendeu em 1974 foi publicado originalmente aqui Sporting Com Filtro.

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