Não consigo compreender o pavor que se sente por parte da nossa classe jornalística e comentadora quando o assunto é o vídeo-árbitro.
Hoje foi um grande exemplo disso mesmo. Dois jogos da Taça das Confederações onde o sistema foi usado na integra.
Três decisões do árbitro principal que o vídeo-arbitro reverteu. E com as três a serem cem por cento acertadas.
Mesmo que uma no jogo com os Camarões seja no limite, está correcta. E deixem-se de tretas de em caso de dúvida beneficiar o ataque, porque com o vídeo-árbitro apesar de ser no limite dúvidas não ficaram.
Digo mais, nunca fiquei tão satisfeito com um golo anulado a Portugal como com este. Isto porque foi muito bem anulado, visto o inicio da jogada ser num fora de jogo.
Mas ao ver os comentadores dos dois jogos, e muitos comentadores e jornalistas depois do jogo terminado, não pude ficar mais embasbacado.
Todos a referirem que é confuso para os jogadores. E para o público. Bem pode ser verdade isso mesmo. Mas a outra opção era ter permitido lances ilegais terem decidido jogos. Preferível?
Se calhar para alguns sim…
Quanto ao outro argumento típico que andamos a ouvir: isso não resolve todos os casos! Certo, nem elimina a possibilidade de roubos.
Agora se deixarem a porta do carro fechada limita alguns roubos automóveis, mas não todos. Eu por mim prefiro ter pelo menos a porta fechada, mesmo que não resolva todos os roubos…
Este texto Conseguem explicar o pavor que o video-árbitro provoca aos jornalistas e comentadores? foi publicado originalmente aqui Sporting Com Filtro.
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