O “Hércules do Barreiro” nasceu a 10/07/1915 e chegou ao Sporting em 1935, com 20 anos.
Estreou-se num jogo com o Boavista, em 1936, mas foi mais tarde, nesse mesmo ano, num jogo nas Salésias frente ao Belenenses que, aproveitando a lesão do titular, Artur Dyson, fez uma portentosa exibição e assegurou a vitória verde e branca para nunca mais deixar as balizas sportinguistas, vindo a tornar-se no jogador do Sporting com mais jogos disputados e mais títulos conquistados da história do clube (21 títulos e 461 jogos).
João Azevedo é o protótipo da longa linhagem de guarda-redes leoninos que engrandece a história do futebol português de que Rui Patrício é o mais recente exemplo: ágil entre os postes, destemido nas saídas, capaz de se sacrificar pela equipa, um líder dentro de campo.
João Azevedo Capitão
Aquando da saída do grande capitão, Álvaro Cardoso, foi a ele que a braçadeira foi transmitida. Será sempre recordado como o guarda-redes da famosa equipa dos cinco violinos, o “Tigre português”, como foi apelidado pela imprensa espanhola da época. Jogava habitualmente de equipamento escuro e ainda hoje devia ser obrigatória esta apresentação de todos os guarda-redes do Sporting.
Ficou célebre uma tarde de glória na final do campeonato de Lisboa, contra o eterno rival, em que depois de ter partido a clavícula, regressou ao campo na 2.ª parte, de braço ao peito, quando o resultado estava em 1-1.
O Sporting ganhou esse jogo por 3-1 e Azevedo saiu carregado em ombros pelos companheiros.
Foi também internacional pela selecção das quinas por 19 vezes, tendo feito parte da equipa que venceu pela primeira vez a congénere espanhola.
Faleceu em 1994, com 79 anos e se há um atleta que merecia uma estátua no Estádio José Alvalade, é ele.
Este texto Dos Fraques é que reza a História – João Azevedo – O Sexto Violino foi publicado originalmente aqui Sporting Com Filtro.
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