Pode parecer estranho, mas quando a Taça da Liga surgiu vi-a como uma excelente oportunidade e uma boa ideia. Estávamos a falar da altura do campeonato com 16 equipas e muito tempo morto, como tal faria sentido criar uma prova que em Inglaterra faz sentido.
Os pecados originais
No entanto a não atribuição de um lugar na UEFA para o vencedor da prova desde logo que retirou alguma força à mesma.
Juntado a isso algumas regras estranhas, como o critério de desempate ser a idade, não ajudou a cimentar a mesma.
Depois tivemos em dois momentos problemas graves de arbitragem na mesma. E a partir daí ficou para sempre conhecida como a Taça Lucílio.
No fim do primeiro ano de Bruno de Carvalho na liderança do clube isto estava tão extremado que foi mesmo ordenado usar o número mínimo possível de jogadores do plantel principal. Sim, no ano em que mesmo forçado a jogar com os jovens Gelson Martins não foi usado por Marco Silva.
Devíamos participar na Taça da Liga?
Esta é a grande pergunta que muitos fazemos. Por um lado quero dizer que não, e que devíamos abandonar a prova por completo. Já foi a minha posição firme durante muitos anos.
No entanto esta é uma prova da Liga de Clubes. Que, apesar de forma lenta, até tem tentado dar passos positivos na evolução do futebol. Mesmo que depois muitas vezes manietados por outros interesses.
Ficar fora dela poderia ser um mau princípio quando tentamos que a Liga esteja a fazer um bom trabalho. A parte financeira, mesmo que não decisiva também é interessante. São pelo menos mais dois jogos em casa e o prémio final é maior que o da Taça de Portugal em termos monetários.
Com que equipa jogar na Taça da Liga?
Aqui existe um problema fundamental. Se o Sporting entra numa competição tem de ser para ganhar. Não podemos pensar de outra forma com o nosso ADN do que pensar sempre na vitória.
Posto isto temos de ser um pouco mais cínicos nesta abordagem. Alguns jogadores precisam de ser descansados. Ao mesmo tempo alguns jogadores pensarão que se não lhes derem uma oportunidade nestes jogos, não terão oportunidades nenhumas.
Assim acho que se deve rodar, e até bastante, nestes jogos. No entanto mantendo em campo uma equipa forte o suficiente para ser a favorita clara à vitória.
E isto significa num jogo contra o Porto ou Benfica entrar em campo a equipa titular.
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